O salto machucaria, a roupa não cobriria o frio que teus braços não entederiam de apartar. Era tecido novo, mas sensação adormecida. Nem nova, nem inédita, mas por vezes vencida. Omitida na rapidez dos diálogos, nas palavras não ditas e nas incompreendidas. No olhar baixo que a timidez revela. Na própria timidez exposta ante o rubor das mãos (aquelas que, por vezes, foram encurraladas sem chance de retórica). Se relesse as palavras, com calma, poderia ter percebido a tática esperta, e por deveras usada. Se abrisse as gavetas, colocasse para fora as cartas anônimas (imortalizadas no muro negro), reconheceria o bate-estaca da repetição. Ao menos, para ser história, para merecer ser, é necessário não ter muito valor. Equação estranha e de resposta tão esquisita quanto: o que menos causa emoção é o que mais fica exposto.
Ainda assim, não compreendo a versão, pela simples ausência dos sons que nunca ouvi. Poderia chamar-se algo do tipo: " a volta dos que não foram". Parece engraçado? A ironia é um recurso que esconde algo profundo, ocultado pela covardia.
E sei que tens a tenacidade de bater a porta e excluir (É por ti mesmo que aprendo quem sois)...
A porta se fechou há tempos.
Eu sei!
[No sonho confessado, fechava
os olhos quando perguntavas
o que tanto desejava.
Pena que não soube a resposta]
os olhos quando perguntavas
o que tanto desejava.
Pena que não soube a resposta]
3 comentários:
Arrepios. O mundo não acaba em uma semana, nem em dez dias nem em um mês.
Menina, que bonito!!!!! Uau!!!!! Como é que você nunca me convidou para navegar nesse mar, antes? aff
beijos
MM
ps: sim, essa equação é estranha demais, mesmo
"mas por vezes vencida".
de prelúdio a prólogo...
muito bom. eu pelo menos gostei. na verdade sintome como um apostador de rinhas,apreciandoum espetáculo medonho...
mas muito bom em essência.
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