26 de julho de 2007

Papo de Redação

Ela - Nossa, tá todo mundo de olho na nova estagiária.
Ele - Bonita e gostosa. Fazer o que? Chora, querida.
Ela: Tá de sacanagem comigo, né. Até parece que tem muito gatinho aqui.
Ele: Hehehe!
Ela: Fala sério, nem é tão bonita assim. Eu achei meio Raimunda.
Ele: Olha o despeito...
Ela: Sério mesmo! Mas na boa, o que vocês preferem: bonita ou gostosa?
Ele: Depende. Se for muito bonita, não precisa ser tão gostosa. Se for muito gostosa, não precisa ser tão bonita.
Ela: Que coisa escrota. Nem vou perguntar sobre mim. Depois dessa tive medo da resposta.
Ele: Hum...você quem sabe...
Ela: Ah, na boa. Fala logo. O máximo que pode acontecer sou eu entrar na academia amanhã ou ir no Pitangy fazer uma plástica
Ele: Não dá, já te expliquei.
Ela: Explicou o que?
Ele: Não tenho como avaliar assim tão superficialmente. Só com uma análise mais aprofundada...
Ela: Credo... tu é escroto mesmo.
Ele: Sou nada. Só seria muito leviano da minha parte fazer um julgamento tão superficial.
Ela: Ai, você me dá nojo!
Ele: Você perguntou sobre ser bonita e gostosa, mas tem um porém... nem uma coisa nem outra garantem que a mulher seja boa de foda.
Ela:Seu podre! Não acredito...
Ele: São três, então, as características fundamentais pro julgamento: se é bonita, se é gostosa e se é boa na parada. Cada qual tem sua importância...
Ela: Desisto. Vou voltar a trabalhar!

23 de julho de 2007

As páginas amareladas

Nem sei porque, apenas estou na fase onde palavras preferem o silêncio. Olhando de dentro, bem instrospectiva. No ponto do corte do exagero. Tenho pensado em muitas coisas...não meras divagações, mas sim a busca da assertividade. Tem muita coisa fora do eixo, descarrilhadas por mim. Nem tenho a quem culpar, e se tivesse não faria. Nem a TPM tem responsabilidade. Não, não estou triste, depressiva ou algo assim. Nem com problemas gigantescos, parente morrendo, falta de grana, irritada ou estressada. São apenas pequenos atos, que executados sem reflexão provocam estragos quase irreversíveis.
Uma coisa leva à outra. É sempre assim. Os eventos vivem associados. Ontem, no trabalho, um cara devolveu o livro que tinha emprestado há tempos. Na hora, estava lendo um blog, com post sobre livros que marcam. Logo pensei naquele. Ao conferir a devolução, reencontrei minhas anotações nos cantos das páginas. As linhas sublinhadas, as histórias associadas à pessoas que conheço. Muito de mim ainda naquelas folhas. Pouca coisa tinha mudado. Talvez seja isso que chamam de personalidade. Lembrei da pessoa que me fez ler o livro. Ao chegar em casa, ele ainda ali, mais de um ano depois, online no gtalk. O mesmo cara das páginas amarelas. Nada mudou! Talvez nem eu!
Tenho essa mania estranha: associo livros e pessoas, livros e acontecimentos. Tudo marca, mas nunca releio nada, porque sempre acho que reler é mudar a lembrança e gosto que o passado permaneça no pretérito.
A vontade de parar virou decisão. Hora certa da solidão me embalar e o silêncio explicar aos outros minha ausência. Não quero responder mais nada. Muito cansada dos porquês vazios de intenção. Pode parecer que cobro algo e não é. Não preciso que ninguém mude por mim, mas só jogar limpo não significa que eu vá querer entrar na disputa. Certas competições não valem à pena nem quando a gente ganha.

17 de julho de 2007

Passagem de Tempo

1996 (4 anos) / Na época, ainda conseguia pegá-lo no colo e levar para dormir no meu quarto. Tempo em que ele não gostava de ir a escola e brincava na rua quase o dia todo. Não me chamava de tia, assim como não chama até hoje, mas também não pedia dinheiro de cinco em cinco minutos.

2007 (15 anos) / Comprei o presente domingo. Na manhã de hoje, lembrei, mas estava cedo para ligar. Ao chegar no trabalho só queria dar-lhe parabéns. Eis a surpresa: tinha ido levar a namorada em casa. Que susto. Como assim, meu bebê tá namorando? E nem me contou nada. Aliás, os pais só souberam hoje. Esperto. Deixou para apresentar a menina no dia do aniversário. Minutos após a ligação, ainda no baque. Ele cresceu! Meu menino agora pensa em meninas (Graças a Deus). Veio um filme na mente. Lembrei dele pequeno, chorando para ir pra escola, brigando com a irmã por causa de brinquedos. E sempre do meu lado. Pensei nele independente, adulto, sem precisar de mim para nada. Falando de sexo com os amigos. Se ele cresce, eu envelheço. É isso, né? Me senti mãe que protege a cria e quer sempre todos na barra da saia. Imaginei outras coisas doidas (não vem ao caso agora). Sorri sozinha olhando a foto. Se entender a passagem do tempo é isso. Então tá tudo bem!

16 de julho de 2007

Na Pós

...A religião é uma coisa só com a sociedade da qual faz parte. Assim, não existem religiões falsas. Todas, a seu modo, são verdadeiras; todas respondem, mesmo se de maneiras diferentes, a determinadas condições da existência humana. As crenças religiosas exprimem, em forma simbólica, a adesão total do indivíduo ao sagrado, a uma “outra” realidade, que para o crente é transcendente, mas para Durkheim é imanente: a própria sociedade, isto é, uma realidade que “transcende” o indivíduo, mas que se coloca dentro do horizonte mundano. Qualquer coisa que a solidariedade social promova (festa, guerra, o sexo) pode ser religiosa?

Acordei focada no sentido da última frase do parágrafo

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