30 de junho de 2007

Só de sacanagem!


Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba"
e eu vou dizer: Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar
mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos vamos pagar limpo a quem a gente deve, e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o scambau. Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!
Sei que não dá para mudar o começo mas,
se a gente quiser, vai dá para mudar o final!
Só de Sacanagem, Elisa Lucinda
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Com nó na garganta pela empregada doméstica espancada. Chateada com a guerra urbana do RJ. Cheia de engolir à seco e manter a pose de pessoa educada que me impede de mandar muita gente ir TOMAR %$#@*&@#.
O que estamos nos tornando no meio disso? Tão egoístas e só pensando no próprio umbigo, transferindo a responsabilidade. Nem greve mais este povo faz direito. Onde foi parar a dignidade? Perda tempo fazer protesto contra violência na praia de Copacabana.
Estamos virando bichos. Selvagens como no tempo das cavernas.
Acordamos estressados por causa do chefe, pelo filho que vai mal na escola, pela esposa que não quis transar, pelo cara que só queria te levar para cama e nada mais. Lemos o jornal; a raiva aumenta; vira trauma. Ninguém faz nada. Tranque-se no seu apartamento e defenda-se blindando o carro ou indo passar férias na Disney.
Sequer nos lembramos de cumprimentar o motorista do ônibus.
Esquecemos do básico, do que aprendemos na pré-escola:
Dá licença, Bom Dia, Por Favor, Muito Obrigada!
Isso é selva. E não quero fazer parte disso.
Em depoimento para o documentário sobre Vinícius de Moraes, Chico Buarque disse que se o poeta fosse vivo estaria em depressão. Porque jamais seria feliz vivendo num mundo como esse.
Quem ainda consegue ser feliz. Não estou falando de ficar alegre. Colocar uma gargalhada na cara é fácil, dizer que está tudo bem é mais fácil ainda. As máscaras e a alienação foram criadas para isso. Bem, prefiro colocar meu sobrinho para dormir comigo e abraçá-lo por toda noite. Encher os olhos de lágrimas ao escutá-lo dizer que orou pelo amigo da escola porque sabia que ele ia apanhar da mãe. Quero levar a minha mãe ao cinema, mesmo que ela durma quase o filme inteiro. Preciso dizer Eu Te Amo ao meu pai para que, na correria do cotidiano, ele sempre tenha certeza disso. Quero passear de barco com meu irmão. Confidenciar segredos as minhas melhores amigas. Mergulhar no mar sem medo da bolsa ficar na areia. Quero falar que amo sem ser judiada ou ignorada por isso. Quero ouvir eu te amo. Quero respeito, caráter, liberdade e honestidade. Quero respirar. Preciso!

22 de junho de 2007

Carpe Diem

A água bem quente relaxava qualquer tensão. Escolhi os cremes e óleos mais cheirosos e a roupa mais macia. Passei direto pelo computador, não era hora de ver e-mails. Desliguei a TV, o som também. Uma oração...Deitei.
O sono chegou calmo. Dopante como é todo dia, mas, desta vez, bem mais tranqüilo.
Nem o sol refletido entre a cortina me acordou. O café-com-leite, bem doce e quente, que ela me trouxe, fez as honras de despertador.
Dia de florir os campos. Flores e mais flores na manicure. Quieta, deixei que ela fizesse as escolhas. Só prestava atenção na reprise da primeira temporada de The O.C.
O corpo ainda dolorido pelo cansaço da noite anterior. O inchaço da TPM sinaliza que a lua cheia está próxima. Comida da mamãe. Alimento para a alma e para o corpo. Nos braços de Morfeu.
Hora de trabalhar. Atrasada...E calma. Como se fosse a hora certa. Os 5 minutos que cheguei após o horário do ônibus fez perceber que motoristas também se atrasam.
A leitura cansou as vistas, como sempre, mas não consegui dormir. Fechei os olhos e viajei...Longe...Bem Longe...Nem o cara que dormia e quase caía em cima de mim tirava-me as doces músicas cantadas mentalmente.
Piadinhas implicantes pelo atraso. A preguiça só me arrancou um leve sorriso amarelo. Algumas pessoas on-line, pequenas saudades satisfeitas só de olhar os nomes na lista de amigos. Permiti-me, apenas, a combinar a viagem. E imaginei...Dois dias, boa companhia, música, história, conforto e certeza, dança, gastronomia, frio...Perfeito!
Sorte de bons presságios: saí cedo. Ônibus perdido: Não estava com pressa. Logo, outro passaria. Sono leve no caminho de volta, parecido com o da ida.
Em casa, conversas boas sobre a viagem. Felicidade em ver a brincadeira de quem só queria me fazer rir. Conseguiu!
Um pouco de palavras on-line, mais sobre a viagem. Mais sobre mais um pouco. Este texto. Um pouco de novela. CSI Miami...
Água quente, bem quente. Adorno de um dia de ouro branco. Os cremes e os óleos mais cheirosos, a roupa mais macia...Desliga o computador e abaixa o volume da TV.

Escolhas que mudam o dia!

14 de junho de 2007

12 de junho


14h35m

Vem; Encaixa; Mais forte, Me invade; Joga a perna; Isso…
Força; Mais força; Concentra na perna; Olha-me nos olhos;
Nos olhos…Sorri; Assim… linda; Mais forte; Pisa longe; Mais longe;
Me abraça…Vem sem medo…Não vai me machucar. Confia em mim
Encosta no meu rosto; Fecha os olhos; Concentra;
Encaixa de frente…Isso; Muito bem, menina! Boa…Muito boa…
Você é ótima. Vem cá, me abraça. Isso…perfeita!

9 de junho de 2007

Velho Ditado

Sempre desconfio do que é perfeito demais. Desde pessoas que me elogiam sem conhecer até as que conhecendo não criticam. Sou acostumada as críticas. Desde sempre. Uma amiga disse que personalidades como a minha não passam despercebidas, por isso sempre causam afeição ou estranhamento.
For myself, sempre fui esquisita. Do tipo que promove um discurso interno altamente bem fundamentado e 30 minutos depois desfaz com a mesma facilidade com que pisa numa formiga. Porém, acredito no ser humano, acredito mesmo! Naquilo que ele é e não no que está, mas a questão é que cenários perfeitos me deixam atordoada. Toda mulher tem um tipo de cara ideal. E enquanto esse tipo não chega ela vai se divertindo com as cópias. Não é diferente comigo. Meu tipo de cara está construído na mente, nem sei bem exemplificar. E eis que de repente ele surge. Enfim, o tipo certo de cara errado. Muito de acordo com meus padrões imaginários (super contemporâneos, diga-se de passagem). E o melhor de tudo: está afim de mim! Iupi!
Então vêm os questionamentos (sempre eles): bem, se o cara é muito galanteador deve ser assim com todas para ver se cola. Se disser que eu sou gostosa, elogia minha aparência e depois diz não estar interessado só em sexo, deve estar mentindo para depois dar o bote. Se gostar das mesmas músicas estranhas que eu, só pode ser um E.T.
E se for nerdizinho...Aí ferrou.
Eu amo nerdizinhos, mas sei que não faço o tipo de garota por quem esses caras se apaixonam.
Aí recordo o ditado da vovó (mas eu não tive vó, quem me ensinou foi mamãe mesmo): "quando a esmola é grande o santo desconfia". Bem, se até o santo desconfia, também tenho esse direito.
Mas não queria estar assim. Não nesse momento. Essa leve desconfiança me faz cometer erros de percurso. Aí o bolo todo desanda e lá se vai mais uma chance. Isso é bem discurso de garota que já se ferrou muito em relacionamentos e agora tem medo de se apaixonar. Isso mesmo, essa sou eu! E com medo vou seguindo. Buscando a medida da prudência para não me envolver demais até ter algum tipo de certeza (será que um dia a gente tem?), e ao mesmo tempo me deixando levar para curtir o melhor disso tudo.

Nossa, esse post está estilo desabafo. Vou publicar assim mesmo!

6 de junho de 2007

O desafio da lista

Quem será que consegue responder o menestrel?

A Lista

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você já desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

Oswaldo Montenegro

Prólogo

"Como é cansativo ser 'bom',
e como eu me respeitaria se
pudesse explodir e infernizar
a vida de todo mundo durante
24 horas sem exageros:
incorporar o egoísmo."

Alice James

Eu sempre caio em lábias poderosas (Saco!)
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Prólogo
do Lat. prologu < Gr. prólogos, o que se diz antes
s. m.,
prefácio; preâmbulo; proémio; prelúdio;
parte de um drama que era representado
por uma só personagem, antes da peça propriamente dita.

("Antes da peça propriamente dita". Sacou, né?)

1 de junho de 2007

"Quando alguém lhe provocar irritações,
pegue um copo de água,
beba um pouco e conserve o resto na boca.
Não a ponha fora, nem a engula.
Enquanto durar a tentação de responder,
deixe a água banhando a língua.
Esta é a água da paz."

Chico Xavier

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