30 de abril de 2008

E desde o começo da semana


Comecei a crer que o tempo realmente cura tudo. Que o amor sempre vence no final. Que aquilo que é real dura tempo bastante para se tornar inesquecível. E que nada melhor do que a distância e a fé para curar corações feridos.

Comecei a crer também que a nossa sintonia é presente divino, e que se fosse apenas o fato de você me ligar no mesmo momento que eu discava seu número eu poderia até dizer que foi apenas coincidência.

Mas...dizem por aí que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Então, só pode ser muito destino você ter dito que queria me ver antes que eu dissesse qualquer coisa.

Pois é, entenderam porque comecei a acreditar?


:: Sempre fui meio São Tomé.
Que bom que o coração tem mais fé que a razão ::


Assim seja

28 de abril de 2008

Saudades de maio

Você não reconheceria se me visse agora. Tem tanta coisa boa que a sua ausência me trouxe, e esta carta é para lhe dizer isso. Falar das coisas que talvez você nunca vá redescobrir. Porque eu não vou criar esta segunda chance. Não vou provocar este reencontro. Você deveria saber da minha covardia de não te ligar e da burrice de ter apagado o número do seu celular, e da não vontade de ligar para a sua casa. Aliás, talvez eu nunca ligue. E nem esta carta você vai receber. Talvez mande um mail educado no mês que vem, no dia do seu aniversário. Você realmente não iria me reconhecer. A minha coragem virou um quase medo, uma quase cautela, um quase respeito. Mas a minha insegurança virou maturidade. Mas quem foi que disse que maturidade significa esquecer? Eu não entendo, foram dias, meses, quase um ano sem sequer pensar em você. Experimentando a vida sem a perspectiva de lhe ter do outro lado da linha para escutar minhas baboseiras, ou sua companhia nos almoços no meio da semana. Eu vivi tanto, eu fui longe na minha intensidade, eu amei, eu chorei, eu ri, eu bebi, eu fumei, eu transei, eu viajei, eu ajudei, eu pedi ajuda...Eu não lembrei de você. Eu não te incluí em nada disso. Eu aprendi a ser mais eu e ser menos a pessoa que você amou. Eu deixei toda mágoa de lado e o que sobrou foram só as nossas boas lembranças. Eu te perdoei, mesmo sem nunca teres me pedido perdão. Eu me perdoei por ter falhado. Eu agradeci por ter progredido. Eu só não te esqueci. E você nunca saberá disso. Eu acho!

26 de abril de 2008

A felicidade existe. E sabe onde eu trabalho

Eu deveria ter recebido um livro sobre a TV Tupi, até o começo desta semana. Não recebi e tive que fazer a matéria sem ler a obra. Na quinta, o contínuo da redação colocou o embrulho na minha mesa. Já era tarde, a edição já estava editada. Abri rápido e nem olhei o que era. Eu tinha reunião de pauta e o livro da Tupi já não me servia de mais nada. Quando voltei, fui olhar o calhamaço sobre a minha mesa.

Surprise.

Veio o livro errado.
E eu ganhei um belo presente.

13 de abril de 2008

Frases

"Sinto saudades suas".
Obrigada, eu também sinto.

"Nunca vi a Jaque triste".
Aprendi a não ficar mais.

"Droga, porque você tem que trabalhar domingo?
Porque meu chefe mandou.

"Eu queria te ver".
Também quero te ver.

"Parabéns pelo texto".
Muito obrigada.

"Vamos almoçar fora esta semana?".
Vamos sim.
"Moça, me conta como foi o show da Ivete".
Foi ótimo, fiquei no camarote.

"Quer alugar um apê aqui no meu bairro".
Ainda não escolhi para onde vou, estou bem aqui.

4 de abril de 2008

Sunrise

Ela diz que não. Faz pose de forte, fala que é perda de tempo pensar no que não tem. Afinal, tem muita coisa para pensar, outras mil tantas para resolver. Nem pára. Só descansa quando dorme. Tem sempre um sorriso no rosto, samba no pé, lembranças no coração e agenda lotada. Parece imune, né? Parece protegida. Ela é tudo isso e acha que não é mais nada.
Acorda cedo e aproveita o tempo extra para? Para trabalhar, oras. Coloca as canções para tocar, enquanto pesquisa, escreve, lê. Seleciona as músicas baixadas e ainda não escutadas. Clicou por acaso naquela. Ouviu a primeira nota, acendeu o pisca-alerta. Ia pular a faixa. Não conseguiu.
Ficou parada. Era sobre o nascer do sol.
Olhou pela janela e estava nublado. Fechou os olhos e chorou, e sorriu, e divagou. Porque agora? Já nem se preocupava mais com o amor. Porém, lembrou naquela hora, como na hora da canção. Imaginava e nem sabia com quem, nem mesmo sabia o quê imaginava. Era doce, era forte, era devasso, era romântico. Achou que fosse o ex. Não era. Achou que eram outros amores passageiros. Não eram!
Ele não tinha rosto, nem nome. Ele não chegou, não bateu na porta dela, não cruzou com ela na fila do banco, nem perguntou sobre ruas desconhecidas no meio do centro da cidade. Ele não estava lá. Nem nas boates onde ela sapateia quase todo final de semana. Nem no teatro, muito menos no cineminha de (quase) toda semana.
Ele estava apenas ali. Nas notas da canção, na doçura da voz da Norah. Estava nos meus sonhos, e no sorriso que salta toda vez que me tomam a razão sem oferecer nada em troca. Ele tinha aroma de café forte. Eu nem tomo café, mas contemplo quando um vejo estranho desfrutando. Podia ser o estranho? Talvez sim. Estranho ele já é.
Repete a canção, desenha quadros surrealistas de beijos, de carinho. Quer ver o sol nascer, mas já está na hora do almoço. Da janela dá para ver a chuva fina. Fica para outra vez!

Ouça, veja, e sinta:

1 de abril de 2008

Pelo primeiro ano de tuas águas expressas...


O nome do blog é "Estava Perdida no Mar".
Balela!
Nós é que nos perdemos nas águas dela... enquanto ela faz festa ao som de samba na areia, nós ficamos do meio das águas, clamando pela graça de podermos nos misturar, ou apenas admirando...

Ela é envolvente, é intensa, é turva, e as às vezes tão calma...
No fundo de suas águas, lá no seu mais íntimo, ela guarda segredos em conchas, como pérolas preciosas... Lá, nesse fundinho, o som é Chico Buarque.
Eu sei, porque já ouvi.

Todos queremos a bênção de navegarmos em seu mar, de agitarmos suas águas de alguma forma, de fazermos diferença na vida dela. Alguns, com uma violência desmedida, a jogam na areia e a deixam exausta, confusa; outros, a fazem admirar as ondas calmas que provocam; outros ainda conseguem lhe tirar o sorriso de sapeca, provocando ondinhas que a fazem brincar; há aqueles que ela ama tanto, que permite que se misturem, e então, mergulha inteira, sem temores, nas águas misturadas daqueles que merecem seu amor (quase) incondicional.

Ela quer se descobrir, mas não sabe que sua graça está justamente na complexidade de suas águas.

Ela é bela, "sá marina", graciosa, brasileira.
Jaqueline.
jornalista.
intensa e diversa.
Jaque Porto.

Minha amiga...

Parabéns por 01 ano do teu blog - esse espaço generoso onde você se desnudou em palavras, se escondeu em ondas claras, mergulhou em tempestades, ressurgiu em alegria. Compartilhou tua vida!!

Deus a abençoe.
com todo o carinho das minhas águas, tão misturadas às suas,

"aquela..."

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