28 de janeiro de 2008

No verão de...

Então, já furei mil desafios propostos pelos blogueiros, mas este nem tinha como negar. Além de adorar a Moni, o exercício foi ótimo para relembrar o passado tenebroso.

Vamos lá,

O QUE VOCÊ ESTAVA FAZENDO NO VERÃO DE (No verão, exatamente, não vou lembrar, mas tentarei sintetizar o ano)

...1978 (há 30 anos). Não era nascida, e Deus nem devia pensar em trazer para este mundo desgovernado. Minha irmã estava com 18 anos, meu irmão 16, e deveriam estar a toda-toda no movimento hippie. Se bem que, dizem as boas línguas da família, eles sempre foram jovens muito responsáveis…

...1983 (há 25 anos). Cheirava a leite, xixi e caquinha. Nasci em outubro de 82, e no verão (ou no ano) de 83, dava muito trabalho aos meus pais. Morávamos no 5º andar de um prédio sem elevador, e as histórias que eles contam denigrem minha imagem porque enfatizam que eu comia demais, era gordinha pacas, cagava pra caramba e dava muito trabalho para subir e descer as escadas todos os dias. Ah, deve ter sido nesta época que rolei de velotrol, entre o quinto e o quarto andar, e também quando passei mal com a cerveja que meu pai deu sem saber que mamys tinha me entupido de leite minutos antes. Por isso que cresci com tantos problemas mentais...(tsc...tsc)

...1988 (há 20 anos). O cabelo era bem crespinho e minha mãe já sofria ao pensar como ia fazer para alisar aquela juba. Meus irmãos acampavam muito em praia, o que me fez ter toda a paixão pelo mar. Eles sempre me levavam para ficar uns dias com eles. Eu estava saindo da pré-escola e já cometia gafes de achar que a professora gordona estava grávida. Fora isso, a vida era regada a bonecas, andar de calcinha pela casa (hábito que conservo até hoje), banho de piscina o dia todo e comer…comer…

...1993 (há 15 anos). Tinha ficado "MOCINHA" (vocês entenderam, né?), não sabia lidar com isso e era vítima da zuação de todos os meninos da rua (era um saco aprender a ser menininha). Os mesmos que eu beijava nas brincadeiras de pêra, uva, maça, salada mista. Tinha uma amiguinha bem parecida comigo e quando brincávamos de pique-esconde sempre trocávamos de roupa para confundir os outros. Já frequentava as matinês de domingo, beijava na boca de caras, 11/12 anos, mais velhos que eu, mas ainda chupava chupeta e mamava mamadeira (só larguei aos 12). Meus sobrinhos mais velhos já tinham nascido e eu detestava eles nunca me chamarem de tia.

...1998 (há 10 anos). Putz, parece que foi ontem. Eu trabalhava de dia e estudava à noite. Já sabia que queria ser jornalista, mas me preocupava mais com roupas, homens e boates. Saía todo final de semana para festas à fantasia memoráveis. Ficava com todos os meninos que queria, fazia terapia, e sempre viajava para o litoral no carnaval e no verão. Bebia horrores nas festas…



...2003 (há 5 anos). Época do 4º/5º período da faculdade. Melhor fase da minha vida acadêmica. Acordava as 4 da manhã para trabalhar e ficava até meia-noite na faculdade. Comecei a ir pra Lapa e conheci as meninas mais legais da faculdade, mas a amizade terminou assim que fiquei afim de um garoto do grupo. Depois de muitas brigas e intrigas (quase uma novela mexicana)…deu tudo certo e namoramos por quase três anos. Os melhores da minha vida…Emagreci uns 17 kilos. passei meu primeiro reveillon namorando e descobri todos os prazeres da carne (exatamente neste sentido maldoso). Tinha as melhores amigas do mundo (ainda tenho), peguei (mais) paixão por tudo relacionado ao mar. Aceitei minha paixão incubada por Chico Buarque, deixei de ser roqueira, comecei a dançar forró, e voltei ao samba…Virei flamenguista doente (influência do namorado) e nunca imaginei que passar a tarde toda deitada namorando pudesse ser a melhor coisa do mundo...

...2008 (hoje). Continuo magra…peso até menos que o correto para a minha altura, estou solteira, gostei de uns carinhas aí, mas nem paixão de verdade senti mais. Trabalho como repórter de cultura e amo a minha profissão. Faço pós e estou pensando no mestrado. Em abril fará um ano que tenho este blog. Arranquei toda a química do meu cabelo, aprendi a meditar, ainda faço terapia (há quase 3 anos), sou kardecista. Danço...danço...danço. Tenho os melhores amigos do mundo. Sou conhecida por ser DOIDA, MALUCA, SEM JUÍZO, e ESCREVER BEM…ah...e Ótima AMIGA. Ainda vivo na Lapa, amo teatro, música, cinema, conhecer gente nova e lugares novos. Estou cada vez mais doente pelo Chico Buarque…E sou muito feliz.

Ah, só para continuar a corrente...
o desafio vai para:

Bianca Pyl - Entrelinhas
Di - A Fox lady
Ana D. - Às vezes céu azul, às vezes tempestade

15 de janeiro de 2008

As poucas coisas

São poucas as coisas que me fazem feliz. Poucas não por ser seletiva ou exigente, mas porque são pequenas. Pequenos prazeres quase imperceptíveis, e por isso, quase dispensáveis. Linhas de boa leitura: crônica, poesias charmosas, leves ou densas, conversas despretensiosas, ou papos cabeça com amigos de longa data. Um preço barato para alegrias infinitas!

Claro, preciso de sonhos intocáveis, que por vezes transformam-se em semi-desesperos. Aí, sou capaz de incorporar a "Maria do Bairro" quando o cara desejado não me nota; planejar sonhos de consumo que realizarei quando ganhar na mega-sena (mesmo sem nunca ter jogado); ou esbravejar que o universo está de mal comigo. Isto também faz parte do meu cotidiano.


Se permitir, estes pequenos deslizes errantes colocam por terra todo meu ideal pobre de felicidade: o das pequenas coisas. Então, oro, peço tanto... converso com Deus, e deixo claro que estou reclamando de barriga cheia, mas me permito essa malcriação, de vez em quando, só para explicar que não sou de ferro. Logo passa! Basta o afago das melhores amigas, um torpedo de alguém de longe dizendo que sente falta, um e-mail com novidades. Uma boa leitura…

Ah, a boa leitura. É sempre isso. Sou curiosa, nada intelectual. Nunca fui. Nem tenho pretensão, mas confesso certa facilidade em acumular cultura (útil e inútil) e junto à boa memória (quase fotográfica) me salvo em qualquer roda. Leio tudo, bula de remédio, outdoor, revistas empresariais, mas o que mais fascina é sempre a história dos outros. Ossos do ofício! Não falo de fofoca, porque isso é pejorativo, mas sim do ato de encontrar nos outros os fragmentos de si mesmo. E perceber que não sou a única que pensa dores e medos, felicidades e alegrias... diariamente.

Somos todos assim! Uns mais, outros menos, mas é isso que nos liga. E basta pouco para que toda insegurança desça pelo ralo do delete (ou do esgoto mesmo). No meu caso, umas páginas de Gárcia Marquéz, poemas de Drummond, pitadas de Lispector, crônicas de Xexéo…e os blogs queridos. Tudo passa, e recomeça a surgir o sorriso no meio das lágrimas.

7 de janeiro de 2008

A tentativa

Eu vou apenas tentar
Lhe arrancar da minha vida
Em todos os sentidos possíveis
E mesmo que tudo pareça vazio
Ainda sim, não quero mais pedaços de você
Eu vou apenas tentar
Se não der certo, dou outro jeito

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