Uma coisa leva à outra. É sempre assim. Os eventos vivem associados. Ontem, no trabalho, um cara devolveu o livro que tinha emprestado há tempos. Na hora, estava lendo um blog, com post sobre livros que marcam. Logo pensei naquele. Ao conferir a devolução, reencontrei minhas anotações nos cantos das páginas. As linhas sublinhadas, as histórias associadas à pessoas que conheço. Muito de mim ainda naquelas folhas. Pouca coisa tinha mudado. Talvez seja isso que chamam de personalidade. Lembrei da pessoa que me fez ler o livro. Ao chegar em casa, ele ainda ali, mais de um ano depois, online no gtalk. O mesmo cara das páginas amarelas. Nada mudou! Talvez nem eu!
Tenho essa mania estranha: associo livros e pessoas, livros e acontecimentos. Tudo marca, mas nunca releio nada, porque sempre acho que reler é mudar a lembrança e gosto que o passado permaneça no pretérito.
A vontade de parar virou decisão. Hora certa da solidão me embalar e o silêncio explicar aos outros minha ausência. Não quero responder mais nada. Muito cansada dos porquês vazios de intenção. Pode parecer que cobro algo e não é. Não preciso que ninguém mude por mim, mas só jogar limpo não significa que eu vá querer entrar na disputa. Certas competições não valem à pena nem quando a gente ganha.
11 comentários:
Fiquei curioso.
Qual o nome do livro mesmo ?? :-)
outra coisa:
quanta verdade na frase " certas competições nao valem à pena nem quando a gente ganha."
pausa para o café...
Estou assim.Igualzinha a vc...
:|
bjs***
Muito cansada dos porquês vazios de intenção. Pode parecer que cobro algo e não é. Não preciso que ninguém mude por mim, mas só jogar limpo não significa que eu vá querer entrar na disputa. Certas competições não valem à pena nem quando a gente ganha.
não poderia concordar mais ;D
beijo, moça ;P
Céus... Como eu faço pra não sentir que fui que escrevi cada palavra desse texto que praticamente é meu... Rs.
Não dá... Não tem como não me identificar...
Engraçado é que às vezes, você me explica... Quando eu não sei bem o que está acontecendo comigo...
Beijos!
Vou pensar duas vezes quanto a lhe dar ou emprestar um livro.:-)
No mais, "parar" se refere ao blog? Não é por nada, mas este blog é muito visitado -- e você expõe nele um bocado de coisas que talvez não precisassem ser tão públicas. Gosto muito dele, da sua fluência com a escrita, e a beleza de tantos posts, e não gostaria que parasse de jeito nenhum, mas tome cuidado. Blogar também exige certas cautelas, e nem todo o mundo que visita este espaço merece ler o que aqui está. Acho que você sabe do que falo.
Enfim, só um toque de um amigo.
Um beijo,
R.
uhuuuu, é isso aí: AMEEEEEEEEEI ISSO:
Certas competições não valem à pena nem quando a gente ganha.
Linda, eu não empresto meus livros jamais. Minhas anotações são sagradas, rs*
beijos e aproveite o momento [ ele é bom, esteja certa disso]
MM
SONETO DE AMAR
Essa mulher que se lança, toda ardente.
E lisa, arremetendo-se ao meu peito
Tira de mim e me beija e me rende
Palavras, sinais de amor e aponta o leito.
Essa mulher, flor de pura nostalgia.
Que ri dos meus infantis receios
A única entre tantas em quem faria
Todas as carícias, amor que nunca dei.
Essa mulher que sempre comigo desanda
Quando a mim refere o calor com que me ama
E guarda as marcas dos meus impulsos nela.
Essa mulher é tudo tudo – um bicho bruto
Quem sabe! Mas, nos meus braços, fica muda
E eu também calo, diante dos rompantes dela.
Um beijo
Naeno
Querida, fiquei assim, até o seu momento de fênix!!
E eu odeio emprestar livros!!!
Beijos
Nisso de emprestar, sou diferente de você: Os livros que além de me marcar são marcados por mim (e aí literalmente, com canete e lápis mesmo) quase nunca saem da minha estante. A verdade é que morro de medo de me expor assim tão fácil.
E aproveita o momento de silêncio, conseguir calar às vezes faz um bem danado.
beijo
Você sofre de silêncio. Nada mais.
descarrilhadas?
refletir é preciso... mas irreversívelnão é necessariamente ruim sabia?
bom, não é porque é passado que foi ruim. nãoéporque não daria certo no todo que as partes não tenham valido a pena.
acho né. legal a associação com livros. não vê problema ememprestar "suas anotações de rodapé"?
Agora, não sei sepor estar distante e não conhece-la nem em parte, mas não sei até que ponto "você expõe nele um bocado de coisas que talvez não precisassem ser tão públicas" é verdadeiro.
Máscaras e proteção são necessárias, de qualquer forma...
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