21 de dezembro de 2011
Fotografia
Já faz um bom tempo que estou mais lá www.jaquelineporto.com.br do que aqui.
Convido vocês para conhecerem o meu cantinho, o meu trabalho como fotógrafa
Essa é a minha fanpage https://www.facebook.com/JaquelinePortoFotografia
Meu coração ficará imensamente feliz com o "Curtir" de vocês.
Aos que quiserem, podem me adicionar no facebook também https://www.facebook.com/jaquelineportofotografa
Ah, e ainda tem o twitter: @jaqueporto
Espero vocês por lá.
Mas, podem deixar, pretendo não abandonar esse espacinho aqui.
21 de agosto de 2011
Como é que se cuida de um grande amor?
Um domingo qualquer, eu observo. Não, não era um domingo qualquer, é apenas um domingo especial, como todos têm sido. Atualmente, o único dia da semana em que consigo parar, respirar e observar o mundo um pouco além do meu umbigo e dos compromissos profissionais. Ok, vocês já sabem que não era um domingo qualquer, mas não vou saber precisar quando foi exatamente que comecei a perceber isso.
Na verdade, há tempos percebo: cada casal da minha família, das tias mais velhas às primas mais novas. Todas lá...vivendo o amor. O amor eterno das que ficaram viúvas, o amor de uma família que nunca teve um caso de divórcio. Uma utopia modernista viva, num domingo nada qualquer.
E estão sempre todas lá. Muitas mulheres, numa família essencial feminina. E muitos homens, os "emprestados". Homens que chamo de tios, que reconheço como primos, homens que vão se casar em setembro, que foram pais ainda na adolescência. Homens e mulheres em relacionamentos de anos. Mil anos, 5 anos, 50 anos, 20 anos...três meses, menos de um ano.
Amores...
Como num filme de Woody Allen, fico inerte reparando cada carinho, ouvindo histórias...contos, causos. A mais recente era a de uma prima que descobriu o amor em um "vizinho de vila", que ela conhecia desde criança: "Ah, ele é primo da fulaninha e um dia soube que eu estava solteira, me adicionou no orkut, depois teve um churrasco e ele me recebeu todo animado. Depois, me chamou para o cinema, saímos algumas vezes e ele me pediu em namoro". Assim, sem respirar, como se o ar pudesse ser o inimigo do fogo que rege essa história. Os olhos brilham e não cabe uma única vírgula no discurso.
Em outros dias, é uma foto perdida que faz lembrar meu pai, e ouço minha mãe contar de quando eles iam para os bailes, de como se faziam companhia, de como ele preparava o café da manhã pra ela e ela jogava tudo na pia, porque ele sempre errava nas gotas do adoçante, mas ela nunca disse que estava ruim. As mentiras sinceras do amor...
Ah... as histórias. Todas tão minhas, como meus livros na estante. Todas presenciei, ouvi, torci e vi! Todas tão verdadeiras, tão "para sempre", como a maldade do mundo. Todas partículas de ensinamento dos pequenos segredos da vida. De quando a gente quer que algo nunca se acabe...
Como?
Chegou a minha vez de aprender. De perceber na pele que o brilho dos olhos dos outros também pode ser a razão do arrepio do meu corpo. Aprender, viver... Cada dia um pouquinho. Cada dia um pedacinho.
E foi então que entendi que viver rodeada de amor nem sempre é entender o amor, nem sempre é ter a sabedoria de se basear nos exemplos. Os amores da minha família, tão utópicos como 2 + 2 = 4. Desafiadores do tempo, da lógica moderna. Os amores das minhas amigas, tão inspiradores, tão reais, como as histórias de carnavais.
Tão verdadeiros como uma oração.
Se aprendermos odiar, também aprendemos a amar. E como se cuida desse amor? Se já conheço todos os problemas, incompatibilidades e desencontros que exterminam os grandes amores, quero descobrir agora aquele segredinho do "prato perfeito", da sabedoria que se adianta à receita, da intimidade que ultrapassa os manuais das revistas femininas. Das competências que traduzem o verdadeiro sucesso: saber amar.
Nada melhor do que observar os bons exemplos, as histórias reais.
E você, sabe como é que se cuida de um grande amor?
PS: Há tempos que eu queria voltar com o blog, mas estava buscando inspirações "mais leves". Este texto saiu depois de uma conversa, via Facebook, com meu querido Alexandre Gil. A foto que ilustra o texto é de minha autoria. Para os que não sabem, agora também sou fotógrafa. Se quiserem conhecer mais do meu trabalho, basta clicar aqui
31 de julho de 2010
Decisões
Um dia decidimos deixar fluir...tentar até o final...pagar pra ver. E então passamos a crer que o melhor de nossas intenções é o bastante para garantir nosso lugar no céu.
Céu de terra,
de toque,
daquele corpo deitado ao seu lado, numa tarde qualquer de um domingo nublado, em que era final de mês e decidimos ver DVD's porque o dia 5 do mês ainda estava um pouco longe.
O melhor dos dois ali. Foi o que sempre pareceu ser.
E foi assim que se decidiram que fariam tudo certinho, como manda o figurino, que pensariam em todos para que ninguém se magoado...Que teriam calma...Um pouco de magia nunca faz mal a ninguém.
Segredos ao telefone, e quase se podia imaginar que estavam numa mesa de bar, ou rindo demais num churrasco na casa de seus melhores amigos. As melhores intenções estavam ali. Já disse isso, não foi? Estavam nele, nela.
Mas um dia...Ah, sempre um dia! Aqueles dias que amanhacem normais como todas os outros dias daqueles últimos meses amanheceram. Nada demais! Parecia...
Apenas uma conversa torta, talvez estressante pela impaciência dela, pelo cansaço dele.
Uma frase mal colocada, um ouvido estressado que deturpa o que escuta e a decisão.
Não. Não mais!
Simples assim! Como dois e dois são quatro. Como o sol sempre se põe no oeste; la perto da Barra ou de Jacarepágua.
Assim...Como uma pretensão exata que se torna real pela racionalidade de seus defensores.
Mas nada é tão simples assim.
Desligar o DVD, colocar os gastos no cartão de crédito para aproveitar a noitada ou mudar de casa para evitar brigas com parentes. Fácil. Como dois e dois são quatro!
Mas o Não nunca é assim...tão, tão, fácil. Quase sempre necessário, como um pedido de socorro dos batimentos acelerados, mas que perde a forma por sua essência ambígua, por ser instrumento da raiva utilizada como artefato da razão.
Ambiguidade que se transforma em Talvez após os primeiros dias pós-ressaca. E rompe a casca do casulo para se transformar em Sim - ou em um Mais uma vez -, logo nos primeiros milésimos do segundo em que se ousou discar aquele número maldito, ou após o enter que envia o e-mail no fim de um outro domingo qualquer.
Do outro lado, risadas maldosas, disfarçadas de vitória, de alívio porque nada foi tão definitivo assim. Enquanto isso, na ponta mais fraca da corda, quem permite se sabotar pela auto-fraqueza do Não estará sempre a um passo de tornar-se bola de gude das apostas do inimigo.
Nunca mais é como deveria ter sido.
O charme da partida perdeu seu total encantamento quando. O retorno marcado pelo rabo entre as pernas chega com a ideia de que é saudade, de que é coragem, de que é paixão, ou de que é qualquer outra coisa além da incerteza do medo.
E de nada adiantaram as boas intenções.
Foi apenas uma decisão! Que deveria ter sido mantida até o fim.
27 de fevereiro de 2010
Tempo, Tempo, Tempo
Faça um acordo comigo. Espera um pouco, por favor. No momento, não tenho tanta força para caminhar no seu ritmo. Me deixa caminhar no meu andar e não me condene por isso. Não me permita perder a banda que passa, se por acaso eu dormir um pouco mais. E por favor, não me jogue nos corredores das coisas obsoletas, caso eu precise respirar, pausar, parar, respirar, antes de levantar e andar.
É que eu já fui melhor nisso de te acompanhar. Aliás, nos dávamos muito bem até alguns meses atrás. Lembra disso? Confesso que não lembro tanto mais, ou talvez não queira lembrar.
Hoje em dia, não hoje propriamente dito, mas de um tempo para cá, nosso compasso descompassou. Você tem andado muito rápido, querido tempo. E eu não. Eu tive que parar, colocar uma lerdeza nada poética no meu ritmo e não adiantou te ver marcando meus momentos no relógio do celular, na hora da academia, ou no horário das visitas do UTI. Alguma coisa eu não saquei. Eu tive que parar. Foi preciso lhe ignorar, deixar de ser tua amiga, deixar de andar contigo.
E durante um bom tempo, essa sua velocidade foi cruel comigo, me atropelou porque eu simplesmente não consegui me mexer para sair da frente. Quase todo dia um atropelamento, você tomou coisas de mim. As coisas, as pessoas importantes, que eu me distraí e perdi no caminho. Eu não te vi passar.
Foi assim que nos tornamos tão dissonantes. Poderia até dizer que agora nos tornamos inimigos, mas eu me prometi acreditar que um dia nos reencontraremos. E enquanto você for mais forte do que eu, querido tempo, por favor não me deixe perder mais do que já perdi. Não me dilacere mais. E se alguém pensar que estou submissa a você, ou que perdi o jeito de "fazer a hora e não esperar acontecer".
É isso mesmo. Eu perdi. Eu estou.
Eu espero.
Espero, porque esperar também é uma forma de acreditar. Espero porque agora tenho muito sono, muito cansaço. Espero, principalmente, porque quero não ter mais pressa, quero não calçar meus dias na expectativa de te alcançar. E quero não ser punida por isso, mas confesso que tenho medo.
Talvez, seja este medo que me deixa tão sonolenta. Que coloca em mim uma ausência de desejos. Pode ser. Mas eu espero. Talvez seja só o que sei fazer.
Espero pelo retorno do Bumerangue. Pelo momento que em possamos nos reencontrar novamente para tomar um café ou um suco e pelo dia em que vamos nos perceber parceiros novamente.
Enquanto isso, apenas lhe peço, não me deixe perder o crescimento dos amores que ainda amo, os quais você conhece muito bem. Não deixe que eu durma sem sonhar, nem que volte a desejar sem acordar. Não me deixa recordar, mas não me permita esquecer.
De alguma forma, mesmo de longe, mesmo tão melhor do que eu, não confirme a possibilidade de que talvez sejamos, agora, inimigos. Fique longe, seja mais ágil, eu aceito, mas, por favor, não se esqueça de mim. Lhe peço.
Marcadores:
Faça um acordo comigo,
Oração ao Tempo,
Quem sabe faz a hora
23 de janeiro de 2010
Feitiço do Tempo
Com o tempo a gente aprende que nosso melhor amigo somos nós mesmos. Percebemos como é fácil focar naquilo e naqueles que realmente acrescentam. Trilhamos naturalmente o caminho da dissipação da nossa raiva e da nossa mágoa. Mais do que isso, sentimos na pele que o melhor remédio para a irritação e o mau-humor é dançar ao som de um bom samba-canção ou cantar bem alto uma música no Karaokê. Se errarmos a nota, ou tropeçarmos nos passos, não tem problema: teremos o dia seguinte para treinarmos novamente. Afinal, o tempo do prazer não urge, caminha devagar, no relógio das nossas emoções mais gentis.
Depois de um tempo, é nítido que bloquear aquele carinha escroto no MSN não é mais uma necessidade da sua decepção. Aliás, até aprendemos que o mundo virtual se derrete no compasso do botão Power e que portanto...não, não vale a pena. Você troca os minutos que gastava futucando o Orkut daquela amiga que você amava, mas que não te ama mais, pelos sites que tragam alguma boa informação para a sua carreira ou para a sua saúde. Ou então, você até descobre, ou redescobre, um livro. Um bom livro. E uma tarde sozinha, na praia, no shopping, ou numa livraria, lava a sua alma mais do qualquer show do Monobloco.
E aí, sabe aquele carinha que prefere pagode enquanto você curte rock e Chico Buarque, e que quis te levar para um Motel logo no primeiro encontro? Então, "não"...é isso mesmo, ele não combina com você. E a grande vantagem é que você perceberá isso e cairá fora sem se sentir culpada ou achando que vai morrer solteira. E até aquele rapaz bem gostosinho, super bom de cama, mas que não te dava o menor valor fora das quatro paredes, deixa de ser tão encantador assim.
A gente aprende a pensar com o cérebro de cima e não com o calor que corre entre as pernas da solidão. Talvez, pode até ser realmente que você passe o restante da vida solteira, mas a máxima "antes só do que mal acompanhada" será um lema sinceramente verdadeiro no seu estilo. Além disso, é impossível ser feliz sozinho porque simplesmente nunca estamos sozinhos, a não ser quando nos perdemos de nós mesmos.
Entre outras coisas, a melhor parte de se entregar à evolução do tempo é sacar que aprendemos a amar melhor as pessoas, amar com admiração, mas sem pieguices ou idolatria. Sacamos também que o que pensam sobre você é problema de quem pensa e que a nossa única obrigação é viverde acord o com a nossa verdade, com a humildade de entendermos que estaremos sempre no tempo do aprendizado.
Um dia, acordamos e entendemos que o nosso mundo é aquilo que chamamos de lar, e não o que entendemos como rua. E que o nosso lar é lugar onde o afeto da gente repousa. Aquele lugar onde suas energias são recarregadas apenas pelo fato de os seus pais te darem um abraço, seus amigos um carinho e seus sobrinhos uma gargalhada bem alta. Pode ser também aquele singelo barraco onde encontramos uma sopa bem temperadinha, água e almofadas confortáveis.
Com muita concentração interna, começamos a perceber também a unidade que existe em nós. Deixamos de ser um produto para a vitrine dos olhos dos outros. E ai, meu amigo...você saberá se vestir melhor para o seu biotipo e não para a MODA. A sua relação com o espelho será mais harmônica e gostar das suas gordurinhas a mais ou da sua perna fina será tão natural quanto o ar que respiramos. Deixe para os pirralhos mentais o ato de precisar pagar de gatinha ou gatinho, na esteira da auto-afirmação.
E as horas passarão sem o drama das urgências ansiosas. E ignorar quem te suga a energia não lhe dará nenhum trabalho. Os afetos que chegam e os afetos saem levam um pouco de ti, mas te deixam mais experiência, mais amor próprio, mais vida, mais inteira. Te deixam mais em si. E com tanta coisa no mundo que possa te estressar, você saberá priorizar aquilo que te alegra, que te provoca gozos de vida.
A sua educação não dependerá de ninguém, mas a sua paciência será o ingrediente secreto das especiarias dedicadas apenas aos merecem. Os outros...ah, estes você ignora. Naquela sutileza que só quem aprendeu a dar tapas na cara com luvas de pelica sabe.
Fica fácil, fácil como dois e dois são cinco. Pequenas lições que nos mostram que até quando dá errado, dá certo. Simplesmente, porque a vida não tem lógica alguma e a nossa única obrigação é entrar na roda e viver. Um foco não tão desfocado, uma euforia mais calma e decepções mais efêmeras. Eu não marquei na agenda os meus dias, apenas senti que chegaram. E neste dia, ou em todos os dias nos quais você perceber isso, finalmente saberá que a melhor coisa do mundo é quando o passar dos anos vem acompanhado da chegada daquele ingrediente maravilhoso chamado maturidade.
17 de janeiro de 2010
Colecionando Convidados
Pode chegar quem quiser, venha de onde vier. Não é festa para poucos, mas não busque propagandas em outdoors. A casa está aberta e a velha mania de me render à primeira impressão destrui-se no raiar da solidão. Então, nem se preocupe com a combinação da roupa, com a grana pra cerveja, ou com o carro mal estacionado. Também não se iluda pela roupa colorida ou pelo sorriso aparente. Há aqui uma certa timidez. E há também algo muito maior e melhor do que isso.
Vamos nos armar de possibilidades e escolhas. Daquelas em que não há contrato prévio combinando, são valiosas, simplesmente, na ação. Podemos viver um Céu de uma tarde única ou o deleite do Inferno consentido na convivência. Ou, sem tanto entusiasmo, seremos como borboleta que se assusta quando alguém se aproxima, mas aproxima-se se ficarmos quietinhos. Ali. À espreita.
Então, chega aê!
Traga quantos amigos quiser. Vamos cumprimentar os conhecidos na rua. Fazer amizade com a velhinha do ônibus. Esqueça quem se foi. Perderam a festa. Será que a foi a cerveja que acabou? Ou o papo não era agradável? Forget It.
Vamos combinar assim, nem precisa me contar tudo, nem prometa que seremos amigos. Vamos nos permitir vivermos amores, dissabores e melhores amizades de um dia. Ou apenas uma noite, quem sabe? Talvez dure além disso, se esquecermos de amarrar nossos afetos nos dias estáticos dos calendários.
Não se preocupe em deixar os sapatos na entrada. Não nos pautemos pelas regras. Ou podemos criar as nossas. Imagine os sapatos perto da cama? Ou da TV? Ou calce minhas havaianas brancas. Eu empresto. Sou boazinha!
Me conta de você. Apenas uma história engraçada, uma piada, uma fofoca. Façamos intriguinhas adolescentes. E não se preocupe com o tamanho do afeto. Não se pergunte se está agradando, nem peça desculpas. Apaixone-se pelo momento como se não houvesse amanhã, ou me leve assim...como a força revitalizante das águas de águas da Iemanjá. Gotas disfarçadas de mar no suor que escorre do rosto enquanto dançamos. Talvez eu só te conheça hoje, ou então somos amigos de anos atrás, coleguinhas de infância, do colégio ou parentes distantes: pouco importa. O cortejo dos festejos diverte-se com a roda viva do chegar, do viver, do ficar ou partir. Cinco minutos. Um século, um mês, três vidas e mais. A escolha se dará no vento do bem-querer.
Vamos nos armar de possibilidades e escolhas. Daquelas em que não há contrato prévio combinando, são valiosas, simplesmente, na ação. Podemos viver um Céu de uma tarde única ou o deleite do Inferno consentido na convivência. Ou, sem tanto entusiasmo, seremos como borboleta que se assusta quando alguém se aproxima, mas aproxima-se se ficarmos quietinhos. Ali. À espreita.
Então, chega aê!
Traga quantos amigos quiser. Vamos cumprimentar os conhecidos na rua. Fazer amizade com a velhinha do ônibus. Esqueça quem se foi. Perderam a festa. Será que a foi a cerveja que acabou? Ou o papo não era agradável? Forget It.
Vamos combinar assim, nem precisa me contar tudo, nem prometa que seremos amigos. Vamos nos permitir vivermos amores, dissabores e melhores amizades de um dia. Ou apenas uma noite, quem sabe? Talvez dure além disso, se esquecermos de amarrar nossos afetos nos dias estáticos dos calendários.
Não se preocupe em deixar os sapatos na entrada. Não nos pautemos pelas regras. Ou podemos criar as nossas. Imagine os sapatos perto da cama? Ou da TV? Ou calce minhas havaianas brancas. Eu empresto. Sou boazinha!
Me conta de você. Apenas uma história engraçada, uma piada, uma fofoca. Façamos intriguinhas adolescentes. E não se preocupe com o tamanho do afeto. Não se pergunte se está agradando, nem peça desculpas. Apaixone-se pelo momento como se não houvesse amanhã, ou me leve assim...como a força revitalizante das águas de águas da Iemanjá. Gotas disfarçadas de mar no suor que escorre do rosto enquanto dançamos. Talvez eu só te conheça hoje, ou então somos amigos de anos atrás, coleguinhas de infância, do colégio ou parentes distantes: pouco importa. O cortejo dos festejos diverte-se com a roda viva do chegar, do viver, do ficar ou partir. Cinco minutos. Um século, um mês, três vidas e mais. A escolha se dará no vento do bem-querer.
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Los Hermanos
5 de janeiro de 2010
28 de dezembro de 2009
Sobre 2009
Só existem dois tipos de mudança: a que acontece
e a que fazemos acontecer
e a que fazemos acontecer
As roupas de meses atrás não cabem mais, os amigos não são mais os mesmos, falta um Pai lendo jornal no sofá da sala e eu já tenho minha casa própria. O coração não sofre mais das saudades do passado. Não há ex-namorado, nem encontros de domingos com amigas. E também se foram a dor, a melancolia, os telefonemas demorados e o mails carinhosos.
A cor da parede da sala mudou novamente, a disposição dos móveis também. Está bem melhor assim. E nos cabelos...quanta diferença. Sobram uns kilos a mais, falta espaço para carência, que foi passear em outros corações. O emprego está longe, mas o "o que fazer da vida" está bem perto.
Tem uns novos aromas ainda sendo preparados, com muita calma, para não causar estranheza. Não há porque correr se meu destino é construído no tempo das minhas aspirações.
O afeto aprendeu a se doar apenas para quem merece e o NÃO tomou seu lugar de direito. O melhor do meu mundo sou eu. Os pés não dançam mais as mesmos passos.
Ainda não há agenda nova, roupas novas, grandes certezas ou decisões. Há apenas a calmaria depois da tempestade. PAZ. 2009 deixa para trás aquilo que não me acrescenta mais. A tal da limpeza que muitos sonham, para mim aconteceu forçadamente e agora o ESSENCIAL toma seu lugar.
Desapego-me com a certeza de que a minha parte do trato foi cumprida até o fim. O medo não me apavora. As conquistas não criam euforia, nem as dúvidas tristeza. Caminho só ou acompanhada, mas pelo caminho que quero. Mereço uma festa? Nem tanto. A minha paz vem acompanha de águas de tranquilidade.
Sem pressa e com muita firmeza. Resiliência e solitude foram incorporadas à minha pele. A ansiedade se transforma em obras. E o segredo tornou-se um grande amigo. Os deleites se encontram em mim e não precisam da propaganda para se concretizarem.
Este ano sei vai levando todas as minhas lágrimas, todas as minhas certezas vazias, todas as minhas mágoas. Mas me deixa aqui. Me deixa em mim e era apenas isso que eu precisava. E é só isso que eu quero.
E desfrutar da descoberta!
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